segunda-feira, 7 de julho de 2008

Suid-Afrika


Para os mais desatentos, e Africa do Sul na lingua local, o Afrikaans (um primo nao muito longinquo do holandes).
Depois de 10 dias por Joanesburgo, missao cumprida: voltar inteiro, vivo e sem buracos de balas. Aquilo nao e o faroeste, mas pouco falta. Para dizer verdade, nao vi a ponta de violencia, mas la que ha potencial, isso nao ha duvidas.
Como piece-de-resistance, fomos a favela chamada Alexandra. 750.000 habitantes, ou seja, do tamanho de Lisboa. E uma visita a uma favela abana sempre os nervos. Talhos ao ar livre, casas de lata, criancas a brincar na rua... enfim, 1000 imagens para mais tarde recordar. Mas ao contrario do que seria de esperar, havia sorrisos por todo o lado. E nao levamos um tiro, como muitos previram. Seja como for, gostei da experiencia, mas nao recomendo que se va la sozinho...
Tambem foi altura de tirar a barriga de miserias da comida holandesa; naquela bendita terra, os bifes de 1kg vendem-se a 12 euros. Agora imaginem o estrago q nao foi.
Mas resumindo, aquilo e uma terra de oportunidades, embora ainda tenha uma mao-cheia de problemas a resolver. Mas quem gostar de boa comida, muito sol, e andamento, e pra la que tem de ir!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Operacao Amsterdao

Depois de ano e meio na Holanda, estacionado em Haia, resolvi finalmente dar o salto pra megalopole. Amsterdao, aqui vou eu!


Depois de uns filmes com a casa anterior, ou melhor, com a senhoria da casa anterior, iniciei a minha demanda de uma toca amsterdense. Meus amigos.... nao e facil. Entre o caro e o impossivel de encontrar, e assim que esta o mercado imobiliario da capital.
Acima de tudo, a qualidade media e muito, muito ma. Finalmente, encontrei um abrigo temporario por dois meses. Um apartamento com uma sala de baile de um ziliao de metros quadrados, um plasma maior que a minha tabua de passar a ferro e uma cozinha com lava-loicas.
A partilhar a casa comigo ta um ingles de cor transparente, mais novo, chamado Aidan, e que e cromo dos computadores. Para os que nao sabem, eu tambem sou informatico, e geralmente sou o tecnico de servico dos varios sitios onde moro. Mas este bate-me aos pontos. Trabalha para uma empresa chamada Mutant-qualquer-coisa, tem uma tower maior que a minha mesinha de cabeceira com 2 ecrans achatados, e uma mala de ferramentas do tamanho de um caixote de bananas. Desembarcou, como eu, de armas e bagagens, e pelo menos pela quantidade de material de cozinha, produtos de higiene, e detergentes que trouxe parece ser bem acima da media dos ingleses que conheci ate agora. A ver vamos como corre mais esta aventura do Holandes Rastejante...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Frederiklaan 8

Na semana passada, tive uma workshop da minha empresa sobre Gestao da Inovacao. Como foi o nucleo de Eindhoven a organizar a cena, la tive eu que atravessar a Holanda em hora de ponta. E acreditem que isso nao e uma coisa facil.
Na reuniao ia-se falar de coisas giras como metodologias de inovacao e qualidade tipo Triz, SixSigma, etc... Obviamente que quando la cheguei era tudo um bando de cromos de oculinhos, a comecar pelos apresentadores. Mas fiquei a saber porque e que os motores do Boeing 737 sao ovais, e que ha niveis-de-agua com 1 grau de inclinacao na bolha, e que segundo parece, sao muito uteis. Emocionante.
Mas a verdadeira surpresa da noite, foi o sitio. Eu assumi que a reuniao iria ser no escritorio de Eindhoven. Entao meti a morada que estava no emilio, "Frederiklaan 8, Eindhoven" e la fui. Estava eu entretido com o corta-a-direita e o corta-a-esquerda de quem se orienta por GPS, quando o aparelhometro apita pra dizer "Chegou!". Pois, ninguem me tinha avisado, mas "Frederiklaan 8" e o estadio do PSV Eindhoven. E a reuniao ia ser la. Agora... onde e que se entra para salas de reuniao dentro de um estadio (nada pequenino) de futebol? La encontrei a dita entrada, e depois de atravessar varios corredores apinhados de fotografias de antigas glorias do clube, la dei com a sala "Ronaldo".
Depois das apresentacoes, tivemos direito a uma visita guiada pelo estadio com uma guia cinquentona que tinha aspecto de ser a irma gemea do actual papa ( o Pastor Alemao). La andamos pelos corredores escondidos, aos balnearios dos visitantes ( um lixo ), aos balnearios do PSV (um luxo) que ate a 4 meses tinham jacuzzi. Fomos ao relvado, e aquilo e de facto muito muito grande. Tambem ficamos a saber que para ter um estadio com relva de jeito, que a inveja dos arqui-inimigos do AJAX, os cantos teem de ser abertos. Como e obvio, o PSV tem um estadio circular, mas com a engenhosa solucao das paredes nos cantos serem feitas de lamelas que abrem quando o estadio nao esta a ser usado. E como e obvio, publicidade da Philips em tudo o que era lado, ou nao fosse o estadio chamado Philips Arena. Tudo o que e electronico e -obviamente- Philips; mas como a Philips nao faz colunas de jeito, toda a aparelhagem sonora da sala de jantar e da sala VIP tem colunas JBL a que retiraram os To Colantes...
Depois la fomos jantar, ou pelo menos o que aqui eles julgam que e um jantar. Nao foi mau, considerando que foi quente, e nao meteu sanduiches. Sobremesa, por um canudo..... E para digestivo, hora e meia enlatado dentro do carro para voltar para casa!