quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Festival do Chocolate

Chegados a Obidos, onde se esperava o pandemonio e o fim do mundo, segundo os mails que circularam entre o grupo de amigos, estava tudo calmo. As 6 da tarde, hora de ponta do evento, estacionamos a porta. Toca de reagrupar com o pessoal, que a hora de encontro combinada tinha sido 14h, e ja eram 18h. Voltinha rapida pelo recinto, debicar uns chocolatitos de borla, ver as exposicoes da praxe e comprar uma tshirt comemorativa do evento. Ah e claro, comer as castanhas assadas da praxe. Este ano, nem tivemos direito a nenhuma podre, e ainda nos deram umas de borla. Tambem, a 2€ a duzia, acho muito bem que assim seja. Pelo caminho, ainda provamos Mousse Inglesa –que para minha grande decepcao leva rum- e fondue de frutas frescas com chocolate de mentol. O contador de calorias a disparar, mas o pessoal a curtir bue. Ainda houve tempo para eu dar um canelada num pilarete de betao ninja, que se atravessou no meu caminho furtivamente, e me deixou uma nodoa negra que me vai acompanhar alegremente nas semanas seguintes.
Cafezada num barzinho tipico de Obidos, e relembrar o que e uma bica, coisa inexistente na Terra das Socas. Reunidos os ultimos elementos do grupo, seguiu a maralha toda em direccao a Foz do Arelho, para a janta. O spot predestinado era o Cafe Central. Tudo tinha um aspecto delicioso, mas quando se enfiava o dente, era a desgraca. Acho que o frango assado foi o unico prato que nao foi chacinado pela opiniao publica. Os bifes pareciam sola. Mas o bom humor e a boa onda tomaram conta do pessoal, gracas a nossa amiga sangria, e demos inicio as festividades. Next stop, um barzinho sobre a praia. Ai juntaram-se os ultimos elementos lisboetas que dizem “Ah e tal, isso fica tao longe...” mas depois quando se fala em copos tao la sempre caidos que nem um relogio suico. Sobretudo se forem baratos, e de certeza se forem a borla! Aquecidos etilicamente, rumamos a catedral da noite naquela zona, a Green Hill. O anfitriao era o Melao, mas isso nao interessava nada que ele tem tanto jeito para aquilo como eu para dancar ballet em pontas. O dj era quem de facto ali importava, e fez aquilo para o qual e pago: animar as hostes. Bom, as bailarinas tambem tem a sua quota-parte nessa questao. Ainda encontrei a minha amiga Lena-das-Caldas, Storm para os amigos, armada em baba de 3 sobrinhas. Ha um ano que nao metia os pes na Green Hill; ha bastante tempo que tinha deixado de visitar regularmente as Caldas da Rainha, va-se la saber porque... O espaco foi inteiramente renovado, agora muito mais moderno, embora o parque de estacionamento continue a bagunca do costume. O Sabado a noite na Green Hill enche sempre, e esta sempre ao rubro, mesmo de inverno. Ha um bar so de shots, chamado Laboratorio, e la em cima ha uma pista para as Salsas e a musica brasileira. Mas o prato forte e, e sera sempre a martelada de qualidade. Entre os barmen, caras conhecidas da noite lisboeta como o Alex e o Sota, do W e do Docks, entre outras... A noite foi ate as tantas, e nao fui dos ultimos a sair. O meu dia tinha sido eeeeeeeeeeeextra-longo, e ainda tinha de vir a conduzir para Lisboa. Se fosse apanhado pela bofia, tava lixado, nao fosse o balao acusar abuso de chocolate... :-)


Passagem em Hoofdorp

Segundo instrucoes do meu boss, ao vir do aeroporto passei pela sede da Altran, na cidade perto do aeroporto chamada Hoofdorp. Sem mala, apenas com um mini aspirador as costas, fui buscar o PC que a empresa me tinha atribuido. Na sede, tratei de umas papeladas com a secretaria chamada Josine, cujo o nome de familia me parece impossivel de pronunciar , e conheci o tipo que nos anda a instalar as maquinas. E um gajo novito, engravatado, recem-licenciado, porreiro. Eu ofereci-me para instalar a maquina eu proprio e ele agradeceu. Como ja e costume, julgava que tinha percebido que eu era portugues e nao frances. E la tive eu de debitar a historia da minha vida enquanto instalava o Microsoft Office. Depois ele foi almocar (pelo menos era o nome que ele lhe dava) e eu ainda consegui surripiar um cadinho de queijo brie do bom. Fiquei parvo quando ele me disse que tinha acabado o curso em HEC, a melhor escolha de gestao de Franca, e para onde eu proprio estive para ir. E ali estava ele, a instalar o Office em laptops ranhosos. “E so um estagio de 3 meses” disse ele com um sorriso, “para fazer curriculo no estrangeiro”. Ou ele tem muita razao, ou entao algo de errado se passa aqui. Mas pronto, nao tenho nada com isso, eu so ca vim ver a bola...
A saida, encontrei o gajo que me recrutou numa entrevista telefonica, o tal Yves de Beauregard. E o big-ultra-mega-boss da Altran Holanda, e nao deixa de ser um gajo porreiro. Mais velho que a media, tipo quarenta e poucos anos, mas muito jovial e comunicativo. Palavra puxa palavra, em frances obviamente, senao tudo pareceria um episodio do “Allo,allo”, e descobrimos que ha interesses coniventes entre os meus projectos anteriores e alguns da Altran NL. Ironias do destino! Quem diria que no meio de um bando de consultores engravatados, vinha a descobrir que ha interesse em fazer um video institucional na mais pura linha que a ETIC, a minha antiga escola de fotografia, estava habituada a produzir? Vamos abrir os canais de comunicacao, e ver o que e que isto da. Mesmo que fique em aguas de bacalhau, nao deixa de ser curioso o que um simples contacto informal pode gerar como oportunidades de negocio.