segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Apartamento novo

Hoje foi dia de tratar da logistica. Preparar as coisas para a última noite no Apartamento 5, tratar da Bicicleta, fazer compras.
Fase 1: ver da bicicleta. Tinha de instalar o meu cadeado, para poder devolver o original ao polaco. Assim foi. Aproveitei e fui dar uma voltinha à praia. Curiosamente, no calçadão da praia não se pode andar de bicicleta. Mesmo que não fosse, também não dava. Basta que haja uma nesgazinha de sol, e Haia inteira desembarca na praia, como os tugas na Caparica, num Domingo de Agosto. Lá me fiquei pela estrada que fica ao lado.
A Orange Beach Cruiser trava a pedalar para trás, portanto aproveitei para melhorar a tecnica. Mas o maior problema é o arranque. Como é de tracção directa, não se consegue puxar o pedal para cima, como estamos habituados. Portanto tive de arranjar maneira de aprender aquele clássico "salto em frente" que os holandeses dão quando começam a pedalar. Numa das ruas interiores, em obras, estava a tentar ver se tinha o pneu de trás com pouco ar. Ligeiro desequilibrio, e BONK! Em cheio nas grades das obras. Tudo a olhar, para o papalvo das acrobacias. Eu fiquei inteiro, mas a campainha não. Agora deixei de ter buzina! Snif! Apanhei as pecinhas todas, mas mesmo assim não funga deve ter havido qualquer coisa que partiu. Entretanto reparei que a minha super-bicicleta tem uma largura descomunal, pelo que não se adequada em nada a ruas comerciais.
Passando pelo AH (vulgo Albert Heijns, o LIDL cá do sitio) trouxe umas superbolachas de maçã em compota e passas. Brutais. Queria trazer também leite com chocolate magro. Fui ao sitio do leite, encontrei a versão achocolatada, e trouxe a versão 0% de gordura. Quando cheguei a casa, saiu-me qualquer que parecia pudim. De facto, tenho de começar a aprender holandês. Mesmo sem holandês, marchou que nem ginjas, que isto de pedalar abre o apetite. Sobretudo quando se tem de subir numa bicicleta sem mudanças!
A minha bicla-do-inferno faz um basqueiro descomunal... Chia e estala por todos os lados. Já fui informada que aquilo é mesmo assim. Também já pedi WD-40 a um colega meu, mas deve ser da estrutura metálica que tem um parafuso a menos. Sai ao dono, tá visto. Eu digo que faz mais barulho que as outras, porque toda a gente olha quando passo, MESMO quando não me estampo. Fui a uma bomba de gasolina, não atestar como teria feito se tivesse em Portugal, mas verificar a pressão dos pneus. Os da bicicleta, não os meus, claro. A máquina era digital, e eu não fazia a minima ideia de quantos bares é que aquilo levava. Olhando para a fabulosa qualidade da borracha dos meus pneumáticos, decidi ficar quieto. De raspão, olhei para o selim - que julgava partido- e percebi que uma das molas estava mais baixa que a outra. Comecei a rodar, enchi as mãos de ferrugem, mas fiquei com o selim nivelados. Aproveitei para aumentar a altura do selim mais um pouco, porque já não preciso de travões Timberland com tanta frequência, e assim também já não pareço o marreco a pedalar numa bicicleta com estilo. No entanto, tenho de tratar da cena do barulho. É um facto que sem campaínha até dá um certo jeito ser ouvido à distância, mas não é nada agradável quando se tem de pedalar meia-hora de seguida.

No regresso a casa, toca a empacotar a tralha, ir ver o apartamento, ver como funcionam as coisas. Deixar lá a maioria das coisas, porque de manhã o plano é tomar banho, deixar lá o restante (o apartamento novo fica a 234 metros do Apartamento 5) e seguir, na LaranjaRolante, para o trabalho. Yeehaa!